O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) pretende formar um grupo de trabalho, até sexta-feira, para informar a população de Santa Maria e os profissionais de saúde sobre a toxoplasmose. O presidente do Cremers, Fernando Weber Matos, anunciou hoje a decisão após uma reunião com médicos infectologistas de Santa Maria. Fábio Lopes Pedro, Vanessa Oliveira e Alexandre Vargas que apresentaram um resumo da situação da epidemia da doença em Santa Maria.
A cidade já registrou mais de 350 casos confirmados de toxoplasmose. A doença atingiu crianças, adultos e gestantes. Segundo Matos, o conselho pretende conversar com a Secretaria Estadual da Saúde para estabelecer um trabalho conjunto que possa proteger a população. “Não está havendo uma perfeita sintonia entre os médicos e a secretaria de saúde de Santa Maria e essa parceria precisa ser melhorada”, destacou.
Matos afirmou ainda que pretende envolver nas discussões profissionais de pediatria, ginecologia e oftalmologia. A cidade contabilizou até o momento 665 casos suspeitos da doença. Desses, 352 foram confirmados – sendo 27 em gestantes. A toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos, por exemplo.
Contudo, homens e outros animais também podem hospedar o parasita. A doença pode causar sintomas semelhantes aos da gripe em algumas pessoas, mas, na maioria das vezes (de 80 a 90% dos casos), as pessoas afetadas nunca desenvolvem sinais e sintomas da doença.
Para crianças nascidas de mães infectadas e de pessoas com sistema imunológico enfraquecido, a toxoplasmose pode causar complicações maiores. Quando a doença é adquirida durante a gravidez ou por alguém que tenha a imunidade comprometida, os sintomas podem ser mais graves, podendo até levar a pessoa à morte quando não diagnosticada precocemente.
