Emergência da Santa Casa suspende temporariamente atendimento pelo SUS na Capital

Em casas de saúde que podem servir de alternativa, quadro é de superlotação

A emergência do Hospital Santa Clara, da Santa Casa de Porto Alegre, que atende pacientes adultos do Sistema Único de Saúde (SUS) fechou para pacientes comuns, na manhã de hoje, em medida que vai ficar 20 dias em vigor. Os funcionários colocaram cartazes na entrada da instituição de saúde alertando a população sobre o fechamento temporário para substituição e limpeza de dutos do sistema de ar-condicionado e execução de reparos na área física do hospital.

O chefe da emergência do Hospital Santa Clara, Leonardo Fernandez, disse que os atendimentos ficarão restritos a casos de risco iminente à vida. A reabertura da unidade com o atendimento ao público é prevista para a manhã do dia 10 de junho. “Organizamos com os gestores municipal e estadual a demanda de pacientes para outros hospitais da Capital e da Região Metropolitana de Porto Alegre”. Fernandez informou que a emergência atende a uma média de 800 a mil pacientes graves por mês.

Conforme Fernandez, tanto os gestores da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) quanto a Secretaria Estadual da Saúde (SES) foram comunicados para que evitem a transferência de pacientes sem risco para o local. De acordo com ele, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e a SMS acordaram um termo de contingenciamento para que, durante a reforma, haja uma chegada menor de pacientes graves, mas mantendo os casos essenciais de infarto, acidente vascular cerebral, emergências cirúrgicas e a transferência de um número fixo de pacientes para a enfermaria, direto da Central de Leitos.

Alternativas com superlotação

Na manhã de hoje, a emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que atende pelo SUS, atendia apenas a casos de risco de morte. Superlotada, a unidade tinha 84 pacientes adultos – 76 aguardando internação e oito em avaliação. Já a emergência do Hospital Conceição, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), tinha 85 pacientes hospitalizados, com restrição máxima e atendendo apenas pacientes com risco de morte.

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