Legistas já identificaram 20 corpos de vítimas de acidente em Cuba

Processo pode demorar um mês para ser concluído

Além das três sobreviventes, um homem foi resgatado com vida, mas morreu no hospital. Foto: Agência Granma

O Instituto de Medicina Legal de Cuba já identificou 20 corpos das vítimas do acidente aéreo registrado na última sexta-feira em Havana, que provocou a morte de 110 pessoas. O diretor do órgão, Sergio Rabell, explicou que as equipes estão trabalhando sem descanso para identificar os corpos, mas ressaltou que o processo pode demorar um mês para ser concluído.

O voo DMJ-972 operado pela Cubana de Aviación caiu minutos depois de decolar do aeroporto internacional de Havana, com 113 pessoas. Apenas três mulheres cubanas sobreviveram ao acidente.

Fontes do Ministério de Saúde Pública de Cuba explicaram que a identificação vai demorar porque a queda espalhou os restos mortais, dificultando o trabalho.

Do total de vítimas, 99 eram cubanos e 11 estrangeiros, sete deles mexicanos – os seis membros da tripulação e uma turista -, dois argentinos e dois saarianos.

Rabell anunciou que os parentes das vítimas mexicanas já chegaram a Cuba. Os legistas estão recolhendo amostras genéticas para facilitar o reconhecimento dos corpos da tripulação e da turista do país. Os familiares das vítimas cubanas também estão na capital. Eles foram colocados em um hotel pelo governo, que disponibilizou uma equipe de psicólogos especializada em traumas para ajudá-los.

Em paralelo, seguem as investigações no local onde o avião caiu. Uma equipe de especialistas procura informações para esclarecer o que ocorreu e busca a segunda
caixa-preta do avião, a que registra dados técnicos da aeronave. A primeira, de voz, já
foi encontrada.