Simpa faz defesa do corporativismo, diz líder do governo Marchezan

Municipários prometem entrar em greve caso a Câmara vote os projetos enviados pelo executivo

Líder do governo diz que Sindicato faz corporativismo | Foto: Andielli Silveira/CMPA

O líder do governo Marchezan na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Moisés Barboza (PSDB), disse que considera “lamentável” o posicionamento do Sindicato dos Municipários (Simpa) em prometer entrar em greve caso o Legislativo vote os projetos de reestruturação enviados pelo Executivo no final do mês passado. Na última quinta-feira, em assembleia da categoria, os municipários mantiveram o estado de greve deflagrado em 26 de abril.

Barboza disse, também, que não se surpreende com o posicionamento do Simpa, “tendo em vista que o sindicato tem quase 30 diretores e suplentes de partidos de esquerda que são da oposição, como PT, PCdoB, PSol, PSTU e PCO”. O vereador também afirmou que ficou admirado com a posição do Simpa em ameaçar deflagrar greve. “Eles não sabem nem o posicionamento dos vereadores. E ainda tem as emendas, as alterações, a discussão, a aprovação ou não. Isso é a prova incontestável de que esses partidos de esquerda no Brasil sempre fazem a defesa do corporativismo e o resto da população, que precisa que a cidade tenha despesas que se encaixem nas receitas, que se exploda”, criticou.

Projetos começam a ser analisados nesta semana

Em regime de urgência, o Legislativo passa a avaliar, nesta sexta-feira, em uma comissão conjunta, propostas como a de extinção da licença-prêmio, pagamento de servidores até o 5º dia útil, alteração na data-limite para repasse à Previdência, além da alteração em dispositivos sobre pensão e auxílio-doença, por exemplo. Até 30 de junho, todos os textos devem ser votados em plenário. Caso contrário, a pauta da Casa fica trancada.

O diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, foi taxativo ao afirmar que se algum projeto for votado impactando o plano de carreira dos servidores, a categoria vai entrar em greve. No fim de abril, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) entregou um pacote com 13 projetos de lei à Câmara Municipal. A intenção do governo é que as matérias sejam apreciadas pelos vereadores ainda no primeiro semestre.