Adolescente suspeita de matar colega asfixiada em escola de Cachoeirinha se entrega à Polícia

Jovem vai cumprir medida de internação provisória na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul (Fase)

Marta Avelhaneda Gonçalves morreu asfixiada em escola de Cachoeirinha | Foto: Facebook / Reprodução / CP

Após um ano e dois meses, a adolescente de 13 anos apontada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público como responsável pela morte da estudante Marta Gonçalves, de 14, em Cachoeirinha, se apresentou à Polícia Civil, na tarde desta sexta-feira. A jovem vai ficar internada em uma unidade da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul (Fase). O crime ocorreu, em março do ano passado, na Escola Estadual Luiz de Camões.

Conforme o delegado Leonel Baldasso, a adolescente se entregou acompanhada da mãe e do advogado. O policial informou à Rádio Guaíba que a mãe admitiu, apenas, que a família havia se escondido no litoral do Rio Grande do Sul, sem dar mais detalhes.

O delegado disse ainda, que como a Polícia Civil não pode mais ouvir a jovem – uma vez que já finalizou o inquérito -, ela deve prestar depoimento apenas ao Ministério Público. Por conta disso, segundo ele, não é possível saber ainda a motivação do crime.

Em abril do ano passado, a Promotoria de Justiça solicitou a internação da adolescente em função da gravidade do caso e pelo fato de ela ter tentado manipular os depoimentos de colegas em meio às investigações. Conforme Baldasso, porém, a adolescente fugiu com a família e, desde então, seguia desaparecida. A Polícia chegou a fazer buscas, mas nunca mais havido recebido pistas sobre o paradeiro dela.

A adolescente vai, agora, cumprir a medida de internação provisória, determinada pela Justiça, pela prática de ato infracional equiparado ao crime de homicídio. O processo de apuração de ato infracional, que havia sido suspenso, vai ter o curso retomado mas ainda em sigilo, pelo fato de envolver adolescente.

Relembre o caso

Marta Avelhaneda Gonçalves morreu asfixiada, dentro da sala de aula, em Cachoeirinha. Aluna do sétimo ano, ela chegou a ser socorrida, ainda dentro da sala. Enquanto ocorriam as tentativas iniciais de reanimação da estudante por parte dos professores, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) era acionado e a vítima recebeu atendimento emergencial em um posto de saúde antes de ser levada ao Hospital Padre Jeremias devido à gravidade da situação. Houve, então, a constatação do óbito.