Municipários prometem greve caso Câmara vote projetos de restruturação de Marchezan

Paço encaminhou, em regime de urgência, pacote de ajuste fiscal que passa a ser avaliado amanhã pelos vereadores

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) manteve, na noite de hoje, o estado de greve deflagrado em 26 de abril e ameaçou iniciar uma paralisação caso algum projeto de restruturação, enviado pela Prefeitura, seja levado a plenário na Câmara de Vereadores. A decisão, unânime, saiu da assembleia da categoria, realizada na Casa do Gaúcho. O encontro reuniu centenas de servidores públicos da Capital.

Em regime de urgência, o Legislativo passa a avaliar, amanhã, em uma comissão conjunta, propostas como a de extinção da licença-prêmio, pagamento de servidores até o 5º dia útil, alteração na data-limite para repasse à Previdência, além da alteração em dispositivos sobre pensão e auxílio-doença, por exemplo. Até 30 de junho, todos os textos devem ser votados em plenário. Em caso contrário, a pauta da Casa fica trancada.

O diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, foi taxativo ao afirmar que se algum projeto for votado impactando o plano de carreira dos servidores, a categoria vai entrar em greve. No fim de abril, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) entregou um pacote com 13 projetos de lei à Câmara de Vereadores. A intenção do governo é que as matérias sejam apreciadas pelos vereadores ainda no primeiro semestre.

No ano passado, o Simpa realizou uma greve de 40 dias também contra projetos que tramitavam na Câmara de Vereadores. Em 2018, o sindicato espera contar com apoio de pelo menos 22 vereadores para barrar as propostas do Executivo.