Porto Alegre: ministro da Saúde sinaliza possibilidade de subsidiar leitos do Beneficência Portuguesa

Na quarta, governo federal e representes do RS podem firmar acordo para dar fôlego à administração do hospital

Hospital Beneficência Portuguesa. Foto: Lucas Rivas./Rádio Guaíba

A possibilidade de aportar recursos que mantenham funcionando o Hospital Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre, começou a ser estudada pelo Ministério da Saúde. Nesta quarta-feira, uma comitiva gaúcha se reúne com o ministro Gilberto Occhi para buscar viabilizar o aluguel de leitos do Beneficência pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Em entrevista à Rádio Guaíba, Gilberto Occhi informou que as negociações podem resultar em um desfecho positivo. “Tratamos desse assunto essa semana e entendemos que esse é um caminho importante para que haja uma solução. A depender do Ministério, vamos apoiar essa iniciativa para que encontremos uma solução para esses hospitais, que são de fundamental importância para o atendimento em Porto Alegre”, disse.

Em meio a uma grave crise econômica e à baixíssima ocupação de leitos no Beneficência Portuguesa, o GHC indicou a intenção de alugar os 201 leitos da casa de saúde. Na quarta-feira, Gilberto Occhi recebe, em Brasília, representantes do GHC, da bancada federal gaúcha e do Beneficência Portuguesa.

Na semana passada, o presidente do Beneficência, Augusto Veigt, informou que o hospital atende menos de cinco pacientes. Em condições normais, a entidade, de caráter privado e filantrópico, chegou a ter capacidade para atendimento a 180 pessoas. A instituição espera os resultados de uma auditoria do Hospital Sírio Libanês para os próximos dias. A dívida do Beneficência é de R$ 70 milhões, mas pode ultrapassar os R$ 100 milhões.

Conforme a direção do GHC, o aluguel é importante para aumentar a capacidade de atendimento do grupo, que vem expandindo as atividades, embora a prioridade da instituição seja a construção do Centro de Oncologia e Hematologia, em andamento. A previsão é de conclusão da edificação em dois anos.