Febre amarela: Brasil soma 364 mortes e mais de 1,2 mil casos desde julho

Há 6.356 notificações de suspeita da doença em todo o País, exceto em Sergipe e Roraima

De julho do ano passado até a última terça-feira, 364 pessoas morreram e 1.218 foram infectadas pela febre amarela no Brasil, de acordo com o novo boletim do Ministério da Saúde. Houve mais 22 mortes e 61 novos casos confirmados em relação à semana passada.

As mortes e casos confirmados se concentraram em cinco estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal, nessa ordem.

Minas Gerais é o estado mais afetado pela febre amarela, com 508 casos e 162 mortes. Em seguida está São Paulo com 495 casos e 135 mortes, e Rio de Janeiro, com 208 casos e 65 mortes.

Espírito Santo registra seis casos confirmados e uma morte o Distrito Federal permanece com um caso e uma morte.

Há 6.356 notificações da doença em todo o país; 3.496 foram descartadas, mas 1.642 ainda estão sob investigação. Apenas três estados não apresentaram suspeitas da doença: Sergipe e Roraima.

O boletim abrange a análise da febre amarela no período de 1º de julho a 30 de junho de cada ano, pois esta é considerada a época de sua sazonalidade, segundo o ministério.

O governo afirma que, nesta sazonalidade, a doença circulou em regiões metropolitanas com maior contingente populacional, em relação ao ano passado, atingindo 35,8 milhões de pessoas que residem, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina.

Vacinação abrange todo o País

A vacinação contra a febre amarela foi ampliada para todo o território nacional, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde em 20 de março. Estados das regiões Nordeste e Sul, que estão atualmente fora da área de recomendação da vacina, receberão doses plenas como medida preventiva.

A vacinação vai ocorrer de forma gradativa. Na região Sul, deve começar em julho; na região Nordeste, em janeiro de 2019.

Esses estados receberão doses plenas, diferentemente de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, porque, de acordo com protocolo da OMS, se trata de vacinação preventiva e não epidêmica.

Com a ampliação, devem ser vacinadas 77,5 milhões de pessoas em todo o País. O quantitativo corresponde à estimativa atual de pessoas não vacinadas nessas novas áreas, de acordo com o governo.