Mandante de crime que terminou com morte de cinegrafista está preso desde 2016

De dentro da Penitenciária do Jacuí, detento ordenou morte do padrasto, mas criminosos erraram o alvo

A Polícia Civil identificou o mandante do crime que resultou na morte, por engano, do cinegrafista terceirizado da TV Assembleia Nilson da Silva Ferreira, de 41 anos, em 31 de março, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Trata-se de um detento recolhido desde 2016 na Penitenciaria Estadual do Jacuí, em Charqueadas, que havia sido preso preventivamente por dois homicídios qualificados em 2015.

O alvo dos atiradores era um homem conhecido como Mango, que era cunhado de Ferreira e padrasto do preso que ordenou o assassinato. Segundo a Polícia, o mandatário alegou que Mango agredia e explorava a mãe dele. Além disso, Mango também pode ter executado o irmão de um dos homens que participou do assassinato.

Com o esclarecimento de todo o caso, a titular da 6ª Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (6ªDPHPP), delegada Elisa de Souza, remeteu o inquérito à Justiça. Além do apenado, três homens, dois deles já detidos, foram indiciados também por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil.

Segundo Elisa, os três homens indiciados chegaram em frente do local onde residia o cinegrafista. Dois deles, conhecidos como General e Di Menor, desceram de um Ford Ka e ingressaram na casa. Eles pretendiam executar o cunhado da vítima, apelidado de Mango, que é foragido e envolvido com o tráfico de drogas. A dupla entrou em um quarto e se deparou com o cinegrafista na cama, confundindo-o com o alvo verdadeiro.

Ferreira morreu baleado com mais de 15 tiros. Ao mesmo tempo, Mango – em um quarto ao lado – fugiu pela janela. Após os disparos, General e Di Menor retornaram ao Ford Ka onde o terceiro cúmplice, conhecido como Piu, os aguardava. Piu era foragido da Justiça e tinha mandado de prisão por sentença condenatória por roubo a estabelecimento comercial. Com exceção de Di Menor, os demais já estão presos.