Prefeitura projeta entregar em junho revitalização da orla do Guaíba

Revitalização da área começou em 2015

O prefeito de Porto Alegre em exercício, Gustavo Paim afirmou, em entrevista à Rádio Guaíba, que projeta a entrega das obras de revitalização da Orla do Guaíba em cerca de 40 dias, ainda em junho. Paim estimou o prazo após a conclusão do pregão eletrônico que definiu os permissionários que vão explorar os quatro bares e o restaurante panorâmico do trecho revitalizado da orla, entre a Rótula das Cuias e a Usina do Gasômetro.

Segundo Paim, apenas dois pontos seguem atrasando a entrega da obra: o término da colocação do piso podotátil, perceptível para pessoas com deficiência visual e baixa visão, além de reparos na obra de arte Olhos Atentos, doada pela Bienal do Mercosul e que serve de mirante.

“A obra da Orla está quase em sua totalidade pronta. Há dois pontos apenas que ainda demandam um pouco mais de tempo. O piso podotátil, que está em fase avançada, mas demanda ainda mais 40 dias para ser concluído. E o trapiche, que é uma obra da Bienal chamada Olhos Atentos, que tem problema no piso. Mas já foi apresentado o projeto, o material já foi encomendado, e se imagina que em mais 40 dias teremos essa obra restaurada. Nós imaginamos que no mês de junho teremos a obra com condições de ser entregue e os bares e restaurante em condições de operarem de imediato”, prevê.

Os vencedores da licitação para os bares e o restaurante terão prazo de 30 dias, a contar de ontem, para entregar documentação e assinar o contrato, que teve duração ampliada de 24 para 36 meses, prorrogáveis pelo mesmo período.

A revitalização da área começou em outubro de 2015. A primeira etapa de execução envolve apenas o trecho 1, de 1,4 quilômetros de extensão. No último ano, a entrega da obra já havia sido adiada duas vezes. Já em fevereiro, o consórcio pediu mais prazo para a conclusão.

Salário do funcionalismo pode voltar a ser parcelado 

Gustavo Paim falou, ainda, sobre a situação financeira da Capital. Questionado sobre a possibilidade da retomada do parcelamento dos salários do funcionalismo municipal, ele disse que, nos primeiros meses do ano, os compromissos com os servidores foram quitados por conta do ingresso da receita oriunda de IPTU e IPVA. Ele não descarta, conduto, a retomada do parcelamento no segundo semestre.

“Nós temos enfrentado a despesa com muita seriedade. Naquilo que é possível, temos reduzido significativamente, até em áreas onde nós não gostaríamos de reduzir. Mas a verdade é que as despesas não cabem hoje na receita de Porto Alegre e isso faz com que ali pela metade e final do ano as contas realmente passem por dificuldades muito grandes. Não temos como omitir ou faltar com a verdade, nós não temos receitas suficientes para arcar com os custos da administração pública da Capital e isso se reflete também na folha de pagamento”, reconhece.