"Não iam dar o golpe para me deixarem ser candidato", comentou Lula a aliados

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

Julgamento do STF impôs mais uma derrota a Lula. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória
Julgamento do STF impôs mais uma derrota a Lula. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

“Não iam dar o golpe para me deixarem ser candidato”, comentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com grupo restrito de aliados que acompanhavam com ele o julgamento do habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal. A fala, publicada no jornal O Estado de São Paulo, veio logo após o voto decisivo da ministra Rosa Weber.
O comentário foi interpretado por lideranças petistas como uma confirmação de que Lula está fora da disputa eleitoral, apesar de o PT manter o discurso sobre a manutenção da candidatura à Presidência.
Pelas redes sociais, a hashtag #LulaValeALuta começou a ser postada, principalmente no Twitter. A ideia é evitar que o desânimo com a derrota contamine a militância.
Após dez horas de julgamento, com duas pausas, o STF negou por 6 votos a 5 o habeas corpus da defesa de Lula. Votaram contra o petista o relator Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber, considerada como o fiel da balança do julgamento, e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. A favor de Lula votaram os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski.
O ex-presidente foi condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e seis meses de prisão. Na segunda instância, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) mantiveram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês. Lula teve negado os recursos de embargos de declaração. No Superior Tribunal de Justiça não teve sucesso no habeas corpus.