Laudos confirmam que incêndio no Presídio de Rio Grande foi criminoso

Incêndio deixa mortos em presídio de Rio Grande. Foto: Susepe / Divulgação / CP

Incêndio deixa mortos em presídio de Rio Grande. Foto: Susepe / Divulgação / CP
Incêndio deixa mortos em presídio de Rio Grande. Foto: Susepe / Divulgação / CP

Os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmam que o incêndio ocorrido hoje no Presídio Estadual de Rio Grande, na zona Sul do Estado, foi criminoso. A informação foi repassada pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). O fogo teria começado por volta das 3h30, quando os presos emendaram dois fios elétricos, provocando um curto circuito. As chamas atingiram o alojamento 1 do anexo do presídio, onde 165 apenados cumprem pena no regime semiaberto.
Cinco detentos morreram no incêndio e outros sete ficaram feridos. Inicialmente, a informação era de nove feridos. Um agente penitenciário também precisou receber atendimento médico. De acordo com a Susepe, o espaço não foi totalmente destruído, mas ainda há um cheiro forte de fumaça, o que impossibilita que os apenados fiquem no local. Os presos serão realocados dentro do próprio presídio.
A Susepe abriu investigação para avaliar todos os fatos que envolvem essa ocorrência e identificar os responsáveis. A Superintendência informou, também, que está realizando um levantamento de todo o regime semiaberto e orientando os servidores para adotarem atenção redobrada.
Em menos de um mês, este é o terceiro incêndio de grandes proporções em presídios gaúchos. Além destes, outros dois casos foram registrados, mas controlados rapidamente. No dia 25 de março, um incêndio destruiu o albergue de detentos do regime semiaberto do Presídio Estadual de Carazinho. No local, havia 108 presos. Desalojados, os presos passaram as noites em suas casas com autorização do poder Judiciário. “Todos cumpriram o acordo”, segundo a Susepe. As causas do incêndio estão sendo apuradas.
No dia seguinte, um princípio de incêndio atingiu o pavilhão F da Penitenciária Modulada de Canoas. O fogo foi causado por detentos que arremessaram uma bituca de cigarro no depósito de colchões. As chamas provocaram uma densa fumaça e foram combatidas por agentes penitenciários com extintores e água da rede de hidrantes.
Já no dia 22, um incêndio de grandes proporções atingiu a Penitenciária Modulada Estadual de Osório, no Litoral Norte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas iniciaram no módulo 1 do presídio, onde ficam os detentos em regime semiaberto. A ala atingida ficou totalmente destruída, mas não houve registros de presos feridos com gravidade.
No dia 19, uma suposta rebelião no Presídio Estadual de Dom Pedrito, na região da Campanha, deixou ao menos três detentos feridos. A confusão começou após a chegada de apenados vindos do Presídio de Alegrete. Alguns presos atearam fogo em colchões.
*Com informações do Correio do Povo