O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não se pronunciar sobre o julgamento do habeas corpus julgado nesta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal. Ele acompanhou o julgamento na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
Instalado no segundo andar do sindicato, Lula assistiu a sessão acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff; do ex-prefeito Fernando Haddad; do presidente estadual do PT de São Paulo, Luiz Marinho; dos governadores Fernando Pimentel (Minas Gerais), Tião Viana (Acre) e Wellington Dias (Piauí); e dos ex-ministros Miguel Rosseto e Paulo Vanucchi.
No terceiro andar, apoiadores de diversos movimentos sociais e categorias de trabalhadores também assistiram o julgamento por um telão. Durante o dia, eles cantaram e gritaram palavras de ordem em apoio ao ex-presidente e disseram resistir contra tentativas de inviabilizar a candidatura de Lula.
Único a falar com a imprensa, o dirigente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo, Luiz Marinho, destacou a importância da pacificação no país e do cumprimento da Constituição Federal. “É preciso que a gente coloque o processo de construção de pacificação no nosso país e para pacificar basta cumprir o que está nos preceitos da nossa Constituição, construída lá em 1988”, disse.
Segundo ele, a Constituição é clara no que se refere à concessão do habeas corpus ao ex-presidente. “O presidente Lula nunca pediu privilégio para ele, o que ele exige é um direito que é garantido pela Constituição, portanto é o que nós aguardamos”. Marinho acrescentou que espera “que o povo brasileiro tenha garantido constitucionalmente o direito de votar livremente nas próximas eleições”.
