Montagem de secretariado no RS prioriza manutenção de projeto político

O governador pediu e o PMDB gaúcho, mesmo a contragosto, aceitou que Sartori montasse ao seu jeito o novo secretariado que o acompanhará até o final da atual administração. Os secretários que pretendem concorrer, quase 40% dos auxiliares do governador, têm até sábado, dia 7, para deixarem seus cargos. No núcleo central de poder (secretarias da Fazenda, Planejamento e Casa Civil), o critério foi manter intacto o projeto político, familiaridade com o setor, e perfil técnico para acompanhar com segurança a possível assinatura de um acordo com a União.
Na Fazenda será confirmado o secretário adjunto, Luiz Antônio Bins, auditor fiscal da Receita Estadual de larga experiência e que acompanha com o atual secretário, Giovani Feltes, as tratativas para a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal. No Planejamento, outro adjunto, também auditor fiscal, comandará a pasta: Josué Barbosa, que já foi chefe da Casa Civil do governo Germano Rigotto.
E na Casa Civil deve se confirmar o nome de Cléber Benvegnú, jornalista muito próximo a Sartori. Há ainda o mistério em torno do nome do novo titular da Secretaria de Obras, hoje comandada por Fabiano Pereira, do PSB. O governo espera uma indicação do partido. A legenda, uma sinalização do peemedebista de que a vaga permanecerá com a sigla.
Recuperação na pauta

O governo do Estado tem agendado para a próxima quinta-feira um encontro com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a fim de tentar agilizar acordo com a União. O vice José Paulo Cairoli, o secretário adjunto da Fazenda Luiz Antônio Bins e o procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel, embarcam para Brasília na quarta-feira. No mesmo dia da reunião com a STN, Cairoli agendou encontro com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. Na pauta, a discussão de ações do governo envolvendo a dívida com a União.