Temer se reúne com ministros no Palácio da Alvorada

Após reunir-se com o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira, o presidente Michel Temer segue no Palácio da Alvorada reunido com integrantes do primeiro escalão. Mariz deixou o Palácio por volta das 15h30min. Em seguida, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Westphalen Etchegoyen, chegou ao local.
A assessoria confirmou ainda a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. O subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha, também segue no Palácio do Alvorada.
Os encontros não apareciam na agenda oficial. Temer previa passar o feriado em São Paulo, mas decidiu ficar em Brasília, aproveitando para tratar da reforma ministerial, que segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, vai ser anunciada na próxima semana, com a saída de ministros que vão se candidatar nas próximas eleições.
Operação Skala
Ontem, a Polícia Federal prendeu, em caráter temporário, o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República.
As medidas foram determinadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Yunes, foram presos durante a Operação Skala, da Polícia Federal (PF), o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, e o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. Também foi preso, em São Paulo, o coronel aposentado João Batista Lima, amigo do presidente Temer. A empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário, foi detida em casa, no Rio de Janeiro.
Ontem o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marum, disse que a prisão de pessoas ligadas ao presidente não enfraquecem o governo e que o presidente “não tem a ver com isso”.
O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado por Temer em maio do ano passado.