Setor Agropecuário pedirá redução de juros na Expodireto

Parque de exposições está pronto para receber 240 mil pessoas até o fim da feira. Foto: Alina Souza / CP Memória

Parque de exposições está pronto para receber 240 mil pessoas até o fim da feira. Foto: Alina Souza / CP Memória
Parque de exposições está pronto para receber 240 mil pessoas até o fim da feira. Foto: Alina Souza / CP Memória

Integrantes do primeiro escalão do governo de Michel Temer são aguardados para a abertura oficial da Expodireto Cotrijal, que ocorre na manhã de hoje, em Não-Me-Toque. Entre as autoridades que confirmaram presença estão o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deve visitar a exposição na quinta-feira.
A expectativa é que os interlocutores do governo recebam reivindicações de lideranças do setor primário, especialmente no que se refere à redução das taxas de juros e à garantia de preços mínimos para culturas como o leite e o trigo. “É uma oportunidade para as entidades aproveitarem para fazer as reivindicações do setor”, afirma o presidente da Cotrijal, Nei Mânica.
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, também deve participar do ato de abertura da feira. Além deles, a cerimônia que se inicia às 9h deve contar com a presença do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, do governador José Ivo Sartori, e de outras autoridades, como parlamentares e secretários de Estado. Os organizadores do evento esperam que o clima esteja bom nesta segunda-feira.
O público aguardado para o primeiro dia é de cerca de 40 mil pessoas. Ao mesmo tempo em que visitam a Expodireto, muitos produtores estarão com as atenções voltadas para a colheita da soja. Na região do Planalto, o cultivo está se encaminhando para a fase final. Ao contrário da região Sul do Estado, onde a lavoura foi prejudicada pela escassez de chuvas, a expectativa é de uma boa colheita na Metade Norte.

“Pelo padrão das lavouras, vamos colher uma safra possivelmente igual à do ano passado”, afirma o agrônomo Cláudio Doro, do escritório regional da Emater em Passo Fundo. A tendência é de um rendimento próximo de 3,6 mil quilos por hectare – acima da média estadual, que na safra passada foi de 3,3 mil quilos. A maior parte da lavoura, 85%, encontra-se em fase final de enchimento de grãos, enquanto 10% a 15% estão em fase de maturação. O início da colheita deve ocorrer nos próximos dias, mas será intensificado somente na segunda quinzena do mês. Doro afirma que a região não chegou a sofrer com a estiagem, mas ressalta que ainda seriam necessários alguns volumes de chuva “para fechar com chave de ouro” o ciclo 2017/2018. O clima contribuiu também para que a pressão de doenças no campo fosse baixa.

“Tivemos um período seco e de noites frias. A maioria dos produtores fez uma aplicação a menos de fungicida em relação ao ano passado”, observa. Na região da Emater de Passo Fundo, a área plantada cresceu 4% nesta safra. Apesar do apelo econômico da oleaginosa, Doro chama a atenção para os riscos do crescimento da lavoura. “Agronomicamente não é bom. O ideal seria que tivesse mais milho plantado, para fechar o esquema de rotação de culturas”, opina.