Presidente da Ajufe fala em tratamento igualitário e nega greve de juízes federais

Presidente da Ajufe fala em tratamento igualitário e nega greve de juízes federais. Foto: Ajufe / Divulgação / CP

Presidente da Ajufe fala em tratamento igualitário e nega greve de juízes federais. Foto: Ajufe / Divulgação / CP
Presidente da Ajufe fala em tratamento igualitário e nega greve de juízes federais. Foto: Ajufe / Divulgação / CP

O julgamento das ações que tratam do auxílio-moradia pago a juízes está marcado para o dia 22 março, mas o tema já é discutido diante de uma suposta greve de magistrados federais. Em entrevista à Rádio Guaíba, concedida na manhã desta sexta-feira, o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, negou a possibilidade de uma paralisação da categoria. Veloso destacou que o que a entidade deseja é um tratamento igualitário para todos magistrados.
“Estamos fazendo uma consulta e, até o dia 28 de fevereiro, teremos a opinião de todos os magistrados. Não se está falando em greve, o que fizemos foi abrir uma consulta. O que os juízes federais defendem é que as duas ações podem levar ao fim dos penduricalhos. Queremos isonomia e tratamento igualitário. Só decidir contra a magistratura federal me parece uma discriminação e o Supremo terá uma boa oportunidade para resolver tudo”, disse Veloso.
Em nota, divulgada nessa quinta-feira, a Ajufe cita o julgamento da ação ordinária nº 1.773 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e critica a não inclusão da ADI nº 4.393, que serviria “para definir o que pode e o que não pode ser pago aos juízes de todo o país, de forma clara, transparente e de acordo com os anseios de toda a população brasileira”.
Questionado sobre a continuidade ou não do pagamento do auxílio-moradia, Veloso destacou que a entidade aguarda o julgamento do STF e espera que a situação seja moralizada. “O que defendemos é um teto remuneratório moralizador. O que nós queremos é que o Supremo aproveite a situação atual para disciplinar todos. A associação quer o julgamento de tudo. Não estamos em um movimento para defender o auxílio-moradia”, reiterou.

Veloso recordou que durante a Operação Mãos Limpas, responsável por combater a corrupção na Itália, os magistrados foram vítimas da tática que hoje estaria sendo usada para denegrir a imagem da magistratura. “Dizem que isso seria uma retaliação pela operação Lava Jato. Não é justo que os magistrados federais percam o auxílio e outros sigam recebendo. Essa discriminação é o problema e não pode ocorrer”, concluiu.