PF realiza operação contra fraudes em licitação e obras na Universidade de Juiz de Fora

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram, na manhã desta quarta-feira, a Operação Editor, com a finalidade de apurar fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato, em Juiz de Fora. Os crimes investigados resultaram em prejuízo de R$ 19 milhões aos cofres públicos.
São cumpridos cinco mandados judiciais de prisão preventiva contra o ex-servidores da Universidade Federal de Juiz de Fora e empresários vinculados a uma empresa de engenharia, dez mandados judiciais de busca e apreensão e um mandado judicial de suspensão do exercício de função pública, além do sequestro de bens dos envolvidos. Todas as medidas foram decretadas pela 3ª Vara Federal de Juiz de Fora. Trata-se de deflagração simultânea nas cidades de Juiz de Fora, Belo Horizonte (MG) e em Porto Alegre (RS). Na Capital, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma casa no bairro Três Figueiras e apreendeu notebook, celular, pen drive e HD externo. Não há mais informações sobre a ação em Porto Alegre até o momento.
A investigação originou-se de auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na obra de ampliação do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF). O preço estipulado para a obra teria saltado de cerca de R$ 149 milhões para mais de R$ 244 milhões.
Durante a investigação, foi constatado que representantes da UFJF e da empresa contratada editaram documentos com datas retroativas que foram assinados por técnicos da Universidade e utilizados para justificar alterações contratuais, pagamento de multas, por exemplo.
A edição clandestina de documentos inspirou o nome da operação.