Meirelles afirma que propostas terão efeito mais imediato que reforma da Previdência

Ministro da Fazenda reforçou importância de mudança na aposentadoria, mas garantiu confiança na pauta do governo. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP

Ministro da Fazenda reforçou importância de mudança na aposentadoria, mas garantiu confiança na pauta do governo. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP
Ministro da Fazenda reforçou importância de mudança na aposentadoria, mas garantiu confiança na pauta do governo. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, garantiu nesta segunda-feira que as 15 medidas microeconômicas e de ajuste fiscal que pretendem aumentar a produtividade serão mais eficazes, no curto prazo, que a reforma da Previdência. Ele reafirmou que a mudança no regime de aposentadorias e pensões é a principal medida necessária para destravar a economia, mas disse que o país pode esperar para aprovar a reforma enquanto durar a intervenção federal no Rio de Janeiro.
“Em primeiro lugar, é importante dizer que a reforma da Previdência não é algo para fazer efeito no curto prazo. Ela faz efeito ao longo dos anos e é fundamental para a estabilidade do país no futuro. O efeito imediato é de várias medidas fiscais que podem ter efeito para 2018 maior que o da Previdência. A Previdência é a proposta mais fundamental, mas tem efeito cumulativo. Essas medidas equacionam solução de curto prazo do Brasil”, explicou Meirelles.
De acordo com o ministro da Fazenda, o fato de o adiamento da votação da reforma da Previdência não ter provocado turbulências no mercado financeiro mostrou que os investidores entenderam a urgência da intervenção federal no Rio de Janeiro. “A reação do mercado foi positiva, no sentido de que os preços não se alteraram no dia em que foi anunciada a intervenção no Rio de Janeiro. Houve um entendimento claro”, acrescentou.
Sem poder votar a reforma da Previdência por causa da intervenção federal no Rio de Janeiro, o governo redefiniu as pautas prioritárias de votação no Congresso para este ano. Ao todo, o Palácio do Planalto listou 15 propostas que passarão a ter consideradas prioritárias pelo Poder Executivo.