Parecer está pronto e é favorável, diz relatora do decreto de intervenção no Rio

Se aprovada a intervenção, general Braga Netto (à direita) comandará a segurança pública no Rio. Foto: Comando Militar do Leste / Divulgação / CP

Se aprovada a intervenção, general Braga Netto (à direita) comandará a segurança pública no Rio. Foto: Comando Militar do Leste / Divulgação / CP
Se aprovada a intervenção, general Braga Netto (à direita) comandará a segurança pública no Rio. Foto: Comando Militar do Leste / Divulgação / CP

A deputada federal Laura Carneiro (MDB-RJ) disse nesta segunda-feira que a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro é necessária como um “remédio amargo para quem está na UTI”. Escolhida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como relatora do decreto de intervenção, a deputada afirmou que seu parecer já está quase pronto e que é favorável à aprovação.
Laura Carneiro disse ainda que vai apresentar, em sugestão à parte do parecer, uma indicação para que a Presidência da República apresente recursos financeiros para execução da intervenção e de ações de assistência. “A situação vivida do Rio é esdrúxula, diferente de qualquer outra história que esteja sendo vivida em outro Estado. Sem os recursos necessários para isso, tivemos várias tentativas e nenhuma deu certo. Ou não estavam integradas, ou não havia recursos, ou foram feitas sem planejamento e depois não continuaram. Então, pela primeira vez você tem a chance de um gestor para todo o sistema com apoio e recursos federais. É uma tentativa que a gente espera que dê certo.”
A deputada se declarou contra a reforma da Previdência e criticou o argumento de que a intervenção seria uma manobra para dar folego à base aliada do governo para conseguir apoio para a proposta ou como justificativa para retirar de vez o tema da pauta. “Vai votar a reforma da Previdência? Não. É real a necessidade de uma intervenção? É. A questão hoje não é mais a reforma da Previdência. Tem um déficit grave deve ser discutido, perfeito. Mas a questão é: o Rio de Janeiro está sangrando. A Previdência também está sangrando? Bom, está sangrando menos. Eu, por exemplo, voto contra a reforma da Previdência, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. O Rio está explodindo, está cada dia mais difícil o direito de ir e vir na rua”, declarou Laura.