Motorista de aplicativo assassinado na zona Norte pode ter sido vítima de latrocínio, diz delegado

Eduardo Mazoni Pereira foi morto na rua Carlos Estevão, no bairro Rubem Berta | Foto: Fabiano do Amaral / CP

Eduardo Mazoni Pereira foi morto na rua Carlos Estevão, no bairro Rubem Berta | Foto: Fabiano do Amaral / CP
Eduardo Mazoni Pereira foi morto na rua Carlos Estevão, no bairro Rubem Berta | Foto: Fabiano do Amaral / CP

As causas do assassinato de Eduardo Mazoni Pereira, 37 anos, na noite de sexta-feira, em Porto Alegre, seguirão sendo investigadas pela Polícia Civil. O motorista de aplicativo não tinha antecedentes criminais e foi morto após ser baleado na cabeça na rua Carlos Estevão, no bairro Rubem Berta, na zona Norte da capital. Conforme a polícia, ele morreu no local e os autores da ação não levaram nenhum objeto da vítima, porém não foi localizado dinheiro na carteira do homem.
Pai de dois filhos, Pereira morava nas proximidades de onde foi abordado e era conhecido como um homem trabalhador e honesto, como relatam amigos. O diretor de Investigações do Departamento de Homicídios, delegado Gabriel Bicca, fala que apesar de o crime ter sido registrado como homicídio doloso, a hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte – não está descartada. De acordo com ele, são apuradas as ligações de outros crimes que ocorreram na região nas últimas semanas. Em dois dos casos um grupo armado e violento estaria praticando roubos no bairro.
“O motorista foi alvejado com apenas um tiro na cabeça. Em um contexto de violência que vivemos, não é comum execuções ocorrerem apenas com um disparo. Somados aos casos já registrados, as suspeitas se reforçam que não se trata de um homicídio, mas sim um crime patrimonial (latrocínio)”, informa. “As informações preliminares apontam que houve uma intercepção do veículo dele, como ele teria tentado fugir, acabou alvejado.”
O próximo passo é buscar provas que confirmem uma das duas linhas de investigação, já que não está descartada a hipótese dos criminosos terem roubado dinheiro da carteira da vítima. “Na sexta-feira, dia 9, tivemos um caso de morte na mesma localidade. A vítima foi baleada na cabeça”, frisa. O delegado fala que, além disso, outros dois casos também foram registrados na região, entre as avenidas Manoel Elias e Baltazar de Oliveira Garcia. “Tudo ocorreu em um raio de, mais ou menos, três quilômetros”, enaltece.
Na última quarta-feira, um motorista de aplicativo foi baleado por, pelo menos, três criminosos. O motorista conseguiu fugir e foi atendido no Hospital Cristo Redentor. Já no sábado, dia 10, uma mulher que descarregava o automóvel com o namorado foi alvejada. Os bandidos se aproximaram do casal e roubaram o carro da vítima, que está em estado grave no hospital.
“Estamos avaliando os casos. Os dois casos estão sendo investigados pela 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Notamos uma violência desproporcional nos casos, porque além de subtrair o bem, dão um tiro na vítima”, afirma. Segundo o delegado, os mortos não possuem antecedentes criminais e também não há informação da participação deles em atividade criminosa. “Vamos verificar junto a delegacia distrital para avaliar e apurar a possível ligação dos crimes.”