Temer vai suspender intervenção no RJ para votar reforma da Previdência, reafirma Padilha

Com informações de Mauren Xavier
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira que a intervenção no Rio de Janeiro não altera em nada a tentativa do governo de aprovar a reforma da previdência. O ministro confirmou que a intenção de Temer é suspender o decreto por “dois ou três” dias para a realizar a votação.
“A discussão da reforma da vai continuar como se nada existisse. O presidente da República baixou a intervenção. Nada impede que, se tiver que votar, ele pode levantar a intervenção durante dois ou três dias para fazer a votação. Feita a votação, baixa de novo o decreto”, afirmou Padilha, durante participação fórum “Os Caminhos do Rio Grande” no balneário de Atlântida, no Litoral Norte do Estado. Padilha ainda afirmou que a intenção do Planalto é obter os votos para votar a reforma ainda em fevereiro.
Após o presidente Michel Temer assinar a intervenção das Forças Armadas na área de segurança do Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, explicou que, havendo a decisão de votar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer precisa revogar o decreto de intervenção. Nesse caso, entrará em vigor no Rio uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ampliada, que dá mais poderes ao governo federal no estado.
“O presidente decreta uma GLO com mais poderes, com mais competências e, no momento da votação, essa GLO segura a estrutura como está”, explicou. Terminada a votação, é preciso a edição de um novo decreto para retomar a intervenção federal na segurança pública do Rio.