Advogado da proprietária de clínica interditada diz que não existe crime

A defesa da proprietária da clínica de vacina, que foi interditada nessa quarta-feira por suspeita de fraude na aplicação das vacinas, declarou que o crime não tem vítimas. “Onde estão os pacientes infectados? Agora diversas pessoas aparecerão na dúvida se tiveram as doses das vacinas aplicada ou não, mas porque não contestaram antes?
Segundo o advogado Luiz Gustavo Puperi a denúncia foi feita por uma ex-funcionária que, segundo ele, deveria ter sido indiciada como coautora. “Como ela vê um crime e não toma providências? Minha cliente está sendo a única culpada de algo que não existiu”, afirma ele.
Luiz Gustavo já ingressou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça e solicitou a revogação da prisão da farmacêutica que está no presídio Madre Pelletier deste a tarde da quarta-feira.
A clínica particular de vacinas, localizada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, foi interditada na quarta-feira. De acordo com o secretário de Saúde do Estado, João Gabbardo, a clínica aplicava vacinas, que seriam contra febre amarela, com a seringa vazia. Há a suspeita de que a fraude teria ocorrido também em vacinas contra a meningite.
“Durante inspeção da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo se constatou uma série de irregularidades na clínica. A mais séria delas era a suposta aplicação de vacinas da febre amarela”, ressaltou o secretário.
A clínica também teria doses de vacinas contra a gripe vencidas e conteúdos em condições de conservação inadequada. Além disso, há a suspeita de que as agulhas seriam reaproveitadas em diversos pacientes. Quando o procedimento correto é descartá-las.