Algas no Guaíba preocupam moradores, mas Dmae garante a qualidade da água

Nível baixo das águas pode ser a causa do surgimento de algas no Guaíba | Foto: Alina Souza / CP

Nível baixo das águas pode ser a causa do surgimento de algas no Guaíba | Foto: Alina Souza / CP
Nível baixo das águas pode ser a causa do surgimento de algas no Guaíba | Foto: Alina Souza / CP

Uma vistoria realizada por técnicos do Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre (Dmae) na orla do Guaíba revelou a presença de macrófitas (aguapés) próximo à margem, na Vila Assunção, altura do antigo Bar Timbuka, provavelmente em razão do baixo nível de água do manancial. Os moradores das proximidades já tinham percebido a situação no início da semana. “Não sabemos se são algas ou não, mas é preocupante porque o nível está baixo, o que estamos acostumados a observar nessa época do ano”, diz o aposentado Vitorino Steffen, 67 anos.
A moradora do bairro Tristeza, observava o rio enquanto cuidava da filha, que molhava os pés no Guaíba. “É a primeira vez que vejo e o mais engraçado é que está apenas em partes, não em toda água”, expressa a serviços gerais Suelen Pereira, 27 anos. Ela fala que não notou a mudança na cor da água que recebe em casa e, nem em outros pontos do Guaíba.
O departamento afirma que monitora as águas constantemente e que apesar da presença das macrófitas, constatou-se que a água do Lago está límpida e não apresenta a coloração esverdeada característica de floração de microalgas ou cianobactérias. A última vez que o Guaíba registrou o tom esverdeado foi em 2012. Além disso, até agora os resultados dos monitoramentos dos pontos de captação não indicam alteração nas características do manancial, bem como as análises de água tratada, coletadas em diversos pontos das redes de distribuição, permanecem dentro dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde e a legislação vigente.
Conforme o Dmae, em anos anteriores já foram implantadas infraestruturas avançadas de tratamento (pré-oxidação com Dióxido de Cloro e adição de Carvão Ativado) para minimizar os efeitos da alteração de gosto e cor na água captada no Guaíba e manter a água segura para consumo humano. Os técnicos também foram capacitados para Análises Hidrobiológicas e Análises de Perfil de Sabor (APS), de modo a caracterizar espécies que se desenvolvem no ambiente aquático natural e associações de gosto e odor na água tratada, portanto o Departamento está apto para identificação de possíveis alterações. A pasta segue com o monitoramento nos Sistemas de Abastecimento de Água e tomando as ações necessárias para mitigar quaisquer modificações.
Ainda, de acordo com o departamento, em períodos de estiagem existe a possibilidade de desenvolvimento de microalgas e cianobactérias no Lago Guaíba devido à combinação de fatores climáticos (temperatura elevada, baixa cobertura de nuvens, pouco vento e baixa precipitação pluviométrica). Elas liberam o composto MIB (2-Metilisoborneol), que dá à água o característico gosto terroso. A substância não apresenta riscos à saúde e a água tratada pelo Dmae segue sendo potável e pode ser consumida com segurança.