O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stetpoa) conversou com a Rádio Guaíba e informou que uma assembleia sera agendada com a categoria ainda nesta semana. Segundo Adair da Silva, presidente do Sindicato, nesta quarta-feira (07) haverá uma reunião com os representantes de todas as empresas para que seja esclarecida a contraproposta de 2% feita pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Em 22 de janeiro, os rodoviários pediram aumento de 5% nos salários e 10% no vale-alimentação.
Segundo Adair, o Seopa garantiu, por meio da assessoria, que não haverá a possibilidade de uma nova reunião. “Precisaremos decidir em assembleia essa semana. Pois eles nos informaram que foram avaliadas todas as condições possíveis e o valor máximo que eles podem nos oferecer de aumento salarial é de 2%. Mas precisamos lembrar que temos interesse também em manter o valor proposto do ticket-alimentação em R$ 27,50, mas, eles manter os R$ 0,50”, comenta o presidente do Stetpoa.
Conforme o representante, os rodoviários não desejam mudar o plano de saúde que atualmente cobra uma coparticipação mensal de R$ 55 por colaborador, sem cobrança por consulta. “A proposta da nova empresa, eles dizem ser financeiramente mais acessível para os funcionários. Apesar de cobrar R$ 30, haverá um valor a mais que será cobrado e que temos isento nesse modelo atual”, acrescenta Adair.
Entenda as propostas
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) apresentou uma contraproposta de reajuste salarial para os motoristas e cobradores de ônibus no dia 2 de fevereiro. A entidade patronal ofereceu uma correção de 2%, de acordo com a inflação do período de fevereiro do ano passado até janeiro de 2018. Em 2 de janeiro, o Seopa havia proposto um reajuste de 1%. Já o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stepoa), em 22 de janeiro, pediu aumento de 5% nos salários e de 10% no vale-alimentação.
Conforme informado pelo Seopa por meio de nota, a correção é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), cujo percentual também é estendido às demais cláusulas de natureza econômica, como vale-alimentação e subsídio do plano de saúde. De acordo com o advogado da entidade patronal, Alceu Machado, um dos impasses da negociação envolve o plano de saúde dos trabalhadores.
A pedido de dirigentes do sindicato dos rodoviários e lideranças da categoria, que dizem ser oneroso o modelo atual, o Seopa buscou novas alternativas no mercado: “A proposta da nova empresa é financeiramente mais acessível para os funcionários, e os serviços oferecidos são muito semelhantes. Mas, até o momento, a alteração não foi aprovada pelo sindicato dos rodoviários”, disse Machado.
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