O Rio Grande do Sul deve contar, efetivamente, com mais um ponto turístico. Conhecido como a maior queda d’água horizontal do mundo, o Salto do Yucumã deve se tornar visível novamente aos turistas a partir do controle do volume da água escoada do rio Uruguai pela Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó. Sem o controle atual, o Salto fica “alagado”, como explicou a secretária estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), Ana Pellini, nesta terça-feira, em evento no Palácio Piratini. Assim, a beleza natural, de 1,8 quilômetro de extensão, fica invisível aos turistas que vão ao Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas, no Norte gaúcho.
Com o ajuste, possível a partir de uma resolução já publicada pela Agência Nacional de Águas (ANA), no período de pouca chuva, a descarga da hidrelétrica deve ser igual ou inferior a mil m3 por segundo entre o meio dia de sexta-feira e meio-dia de domingo. Com isso, quem for visitar o local no sábado e domingo vai ter condições efetivas de ver a queda d’água.
“Abre-se um grande potencial turístico. Em outras palavras, estamos resolvendo um problema que era considerado ‘antigo e insolúvel’”, afirmou Ana Pellini. As condições de visibilidade do Salto do Yucumã, que depende da vazão da hidrelétrica, mas também da situação climática, serão informadas no site da secretaria.
“Agora nossa responsabilidade é a de melhorar as condições de acesso e ampliar a presença turística”, disse. Diretamente, 32 municípios da região do Celeiro podem ser beneficiadas com a atração turística.
Ao entregar a resolução ao governador José Ivo Sartori, o diretor da ANA, Ney Maranhão, ressaltou que esse acordo é uma demonstração de que é possível haver uma articulação em relação, que permita a exploração econômica e a preservação. “Com uma gestão integrada, os usos das águas podem ser múltiplos, desde que com responsabilidade”, disse. A resolução vai vigorar em formato de teste, por seis meses.
