Carro-forte atacado na Serra havia sido reformado após assalto no ano passado, em Vacaria

Carro-forte é assaltado em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha - Foto: PRF e BM

Carro-forte é assaltado em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha - Foto: PRF e BM
Carro-forte é assaltado em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha – Foto: PRF e BM

O carro-forte atacado na BR-470, em Bento Gonçalves, na manhã desta terça-feira, é o mesmo que se tornou alvo de uma quadrilha em Vacaria, em 2017. Foi o que confirmou, à tarde, o delegado João Paulo de Abreu, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil. Em março do ano passado, criminosos interceptaram o mesmo veículo da multinacional Brinks, que, conforme Abreu, teve de ser reformado após o ataque.
Hoje, cerca de seis homens fortemente armados dispararam contra o carro-forte. Segundo o delegado do Deic, a dinâmica do crime é semelhante à de dois ataques que envolveram blindados e ocorreram em cidades da Serra, no ano passado. “O armamento utilizado pelos criminosos é o mesmo. A qualidade dele impressiona, pois é um fuzil .50, tipo de arma que é capaz de derrubar um avião”, salienta Abreu.
O delegado frisou, ainda, que os assaltantes tinham conhecimento do funcionamento das armas, já que no carro havia um suporte (espécie de tripé) para apoiar a .50. “Outros dois veículos foram utilizados para a ação e eles conseguiram parar o carro-forte atirando contra o motor, e ainda trocaram tiros com a equipe de vigilantes. É uma quadrilha especializada, pois logo que os funcionários da Brinks evacuaram, eles explodiram os cofres e tinham conhecimento de como praticar a ação”, esclarece.
Ainda segundo o delegado, desde 2017, criminosos passaram a empregar o uso de armamento exclusivo do Exército para assaltar carros-fortes, tanto no Rio Grande do Sul quanto em outras regiões do Brasil.
Crime
Durante a tarde e a manhã desta terça-feira, equipes da Polícia Rodoviária Federal, Brigada Militar e Polícia Civil realizaram buscas e a prisão de integrantes da quadrilha que assaltou o carro forte, pela manhã, na BR 470.
Próximo ao município de Monte Belo do Sul, dois homens foram presos após reagirem à prisão, atirando. Um deles levou um tiro na perna. Um terceiro manteve uma mulher de refém em um restaurante que fica às margens de uma estada rural. Após o cerco policial e negociações, a refém foi liberada e o homem, preso.
Foram recuperados o dinheiro levado do blindado, além de duas espingardas calibres .12, um Fuzil .762, um fuzil .556, uma metralhadora .50, coletes à prova de bala, explosivos e radiocomunicadores. Três homens foram presos até o momento. Há suspeitas de que a quadrilha seja maior. Por isso, as buscas prosseguem na região.