Empresas de Ônibus da Capital oferecem 2% de reajuste; rodoviários querem 5%

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) apresentou uma contraproposta de reajuste salarial para os motoristas e cobradores de ônibus. A entidade patronal oferece correção de 2%, de acordo com a inflação do período de fevereiro do ano passado até janeiro de 2018. Em 2 de janeiro, o Seopa havia proposto um reajuste de 1%. Já o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stepoa), em 22 de janeiro, pediu aumento de 5% nos salários e de 10% no vale-alimentação.
Conforme informado pelo Seopa por meio de nota, a correção é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), cujo percentual também é estendido às demais cláusulas de natureza econômica, como vale-alimentação e subsídio do plano de saúde. De acordo com o advogado da entidade patronal, Alceu Machado, um dos impasses da negociação envolve o plano de saúde dos trabalhadores.
A pedido de dirigentes do sindicato dos rodoviários e lideranças da categoria, que dizem ser oneroso o modelo atual, o Seopa buscou novas alternativas no mercado: “A proposta da nova empresa é financeiramente mais acessível para os funcionários, e os serviços oferecidos são muito semelhantes. Mas, até o momento, a alteração não foi aprovada pelo sindicato dos rodoviários”, disse Machado.
A operadora atual do plano de saúde propôs, para renovação do contrato, uma coparticipação mensal do colaborador de R$ 55, sem cobrança por consulta. Já a empresa apontada como alternativa, a Verte Saúde, ofereceu um plano com R$ 30 de contribuição mensal, também sem cobrança de consulta.
O Seopa espera a manifestação do sindicato dos rodoviários mas a expectativa, conforme Machado, é de que um acordo ocorra em breve: “Considerando o contexto de crise e a grande dificuldade que as empresas de ônibus vêm enfrentando, trata-se de uma boa proposta e é o melhor que podemos oferecer no momento”, salienta o advogado. De acordo com o Seopa, as empresas de ônibus tiveram queda de quase 11% no número de passageiros em 2017, em relação a 2016.