TJ manda Google e Facebook removerem notícia que relaciona Luciana Genro à defesa da pedofilia

A 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou que o Facebook e o Google removam das redes uma notícia falsa que acusa a ex-deputada Luciana Genro, do PSol, de defender a pedofilia. O desembargador Carlos Cini Marchionatti, que preside a 20ª Câmara, afirmou, ao votar, que imputar a Luciana essa acusação é uma “calúnia evidente que vai além do debate de ideias”. A notícia, que surgiu no site Movimento Juntos pelo Brasil, ataca a ex-deputada por ter defendido a exposição QueerMuseu, fechada pelo Santander Cultural em 2017.
Além de intimar o Facebook e o Google a removerem os conteúdos, os desembargadores também determinaram que as empresas forneçam o IP e os dados que permitem a identificação dos autores da postagem. Luciana Genro comemorou a vitória: “Não é possível que circule impunemente uma notícia falsa em que eu seja acusada de algo tão absurdo como defender pedofilia, me imputando um crime gravíssimo e causando danos irreparáveis à minha imagem e à minha honra. As notícias falsas são uma verdadeira praga virtual e devem ser combatidas com rigor. É preciso identificar quem está por trás destas grandes redes de mentiras”, disse.
Quando a defesa da ex-deputada elaborou a ação, a notícia falsa já havia recebido 7,6 mil visualizações. Os advogados de Luciana, Rafael Lemes e William Rodrigues, confirmaram que os responsáveis pelo conteúdo também serão acionados na Justiça.