PSol e Sindimetrô/RS vão ingressar na Justiça para derrubar aumento de 94% na passagem do Trensurb

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Lideranças do PSol e do Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô/RS) vão ingressar, nesta segunda-feira, na Justiça Federal para tentar derrubar o reajuste de 94% na tarifa do Trensubr. A partir de sábado, vai entrar em vigor o novo valor, que saltou de R$ 1,70 para R$ 3,30.
Após dez anos sem aumento, a tarifa do Trensurb subiu após aval dos ministérios das Cidades e do Planejamento. O reajuste anterior, de R$ 0,20, havia ocorrido em 5 de janeiro de 2008. Conforme a Trensurb, a medida decorre da necessidade de contenção do deficit público.
No entanto, o deputado estadual Pedro Ruas (PSol) explica que ação judicial visa derrubar o aumento tarifário, uma vez que durante o período  de dez anos a inflação foi de 75% e não 94%, como alega a empresa. “Nós achamos um absurdo este aumento e vamos apresentar os índices do IPCA, no período que não chegam a 94%. Além disso, os insumos que compõem o argumento do aumento tiveram aumentos inferiores ao da inflação. Por outro lado, nós sabemos também que o Trensurb tem dez trens novos parados e sem uso”, alega. Pedro Ruas não se mostrou contrário a revisão do valor da tarifa, porém critica o aumento considerado abusivo.
Fora o campo jurídico, o Ministério Público Federal (MPF) de Novo Hamburgo também confirmou que vai abir um inquérito civil para analisar os critérios para aumento da passagem. Para o procurador Celso Antônio Tres, a mudança representa uma “irresponsabilidade do governo”.
No fim desta tarde, uma manifestação organizada por sindicatos e estudantes ocorreu na Estação Mercado, no Centro de Porto Alegre, para criticar o aumento da tarifa. Em nota, os servidores do trem consideraram abusivo o novo valor da passagem, alegando que o serviço oferecido pela empresa se precarizou.