Polícia Civil encerra 2017 com aumento de 45% em número de operações no RS

Dados foram apresentados nesta quarta-feira no Palácio Piratini. Foto: Divulgação / Polícia Civil

Dados foram apresentados nesta quarta-feira no Palácio Piratini. Foto: Divulgação / Polícia Civil
Dados foram apresentados nesta quarta-feira no Palácio Piratini. Foto: Divulgação / Polícia Civil

A Polícia Civil apresentou, em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira, o balanço comparativo das ações entre os anos de 2017 e 2016. O aumento mais significativo se deu no número de operações policiais: foram 656 em 2016 e 952 no ano passado – o que representa um aumento de 45,12%.
O número de apreensão de armas subiu 3,71% em relação a 2016. Foram 3.585 unidades recolhidas em 2016 e 3.718, em 2017. Dentre os números, algumas armas – como pistolas, espingardas, carabinas e fuzis – oriundas do tráfico de drogas já estão sendo utilizadas pelo efetivo policial.
Segundo o chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, as operações atingem foco versificado, como tráfico de drogas, roubos e furtos de veículos e homicídios, entre outros crimes. “Elas são o resultado do trabalho investigativo qualificado realizado pelos delegados e agentes. Além de combater o crime, temos por objetivo a descapitalização de organizações criminosas, visando atingir o patrimônio adquirido de forma ilegal por esses grupos criminosos. O maior número de operações foi, sem dúvida, um dos fatores que mais contribuiu para o êxito no aumento de números de prisões, apreensões e inquéritos concluídos com elucidação”, destacou.
Houve aumento também no número de prisões. Foram 13.301 em 2016 contra 14.722, em 2017 – o que representa aumento de 10,68%. Outro índice divulgado foi o de apreensões de adolescentes, que apresentaram aumento de 21,04%. Em 2016, foram 808 adolescentes apreendidos e, em 2017, 978 – uma média de 2,7 por dia.
Outro indicador que teve aumento expressivo foi o de presos por mandados de prisão pela instituição. No ano de 2017 foram 6.798, um acréscimo de 1.271 em relação ao ano anterior, o que corresponde a uma alta de 23%. Em relação à recaptura de foragidos, houve acréscimo de 12%, com 1.984 casos em 2016 e 2.222 em 2017.
Os flagrantes elaborados pela Polícia Civil – 22.555 – também tiveram acréscimo de 1,33% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 22.259. Foram remetidos ao Poder Judiciário 283.979 procedimentos policiais com elucidação do crime, uma diferença de 14.881, o que significa um aumento de 5,53% em relação ao ano anterior. A taxa de elucidação, em 2017, chegou a 75,27%.
Quanto à apreensão de drogas, houve um aumento na maioria das modalidades, sendo a apreensão de LSD recordista, com um índice de 67,28% a mais do que no ano anterior, seguida pela apreensão de ecstasy, com 33,87%, crack, com 10,41% e maconha, com 5,4%. Somente de LSD, a Polícia Civil apreendeu durante o ano de 2017 mais de 8,6 mil pontos, sendo 1.334 apenas em outubro. Em novembro do ano passado, foram apreendidos 3.479 comprimidos de ecstasy, o maior número do ano, que finalizou com um total de 18.386. Durante 2017, foram apreendidos quase 300kg de crack e mais de dez toneladas de maconha.
A Polícia também recolheu, no ano passado, um montante de R$ 67.543.522,63 em ativos que foram recuperados oriundos da lavagem de dinheiro.
O único índice divulgado pela Polícia Civil que apontou redução foi o número de ocorrências policias. Em 2017, houve redução de 4,21% no volume total. Em 2016 foram 1.457.531 registros e em 2017 1.396.195. Ainda assim, houve aumento no registro de ocorrências através da Delegacia Online. Em 2016, foram registrados pela Internet 10,62% do total de ocorrências, contra 15,32%, em 2017.