Foi confirmado pelo Consulado-Geral do Brasil de Roma que o corpo resgatado no domingo (28) era do professor de futebol Alam Sena, de 28 anos. Segundo informações preliminares, Alam, a esposa e um casal de amigos estavam em uma mureta sobre uma ponte no rio Tibre, na Capital Italiana, quando ele se desequilibrou e caiu. O professor chegou a ser resgato por policiais e levado ao hospital, mas faleceu horas depois.
Sena era instrutor de uma escolinha de futebol na Capital e residia em Viamão com a esposa, com quem estava casado desde 2015. Eles estavam na Itália para comemorar a lua de mel e realizar o sonho do jovem de conhecer o país. O proprietário da Escola Rola Bola, onde Sena trabalhava, Fernando Ávila, lembra do professor como um homem íntegro, gentil e amoroso. “Ele estava encaixado na nossa proposta, era extremamente afetivo com os alunos e isso fez com que ele conquistasse seu espaço dentro da Escola e também na vida dos pais e dos alunos”, lembra Ávila.
O momento da notícia foi de choque para todos, inclusive pais e alunos. “Todos tinham um carinho muito grande pelo Alam. Ele era uma pessoa de coração grande e puro. Há cinco anos estava conosco e não queríamos nem que ele trocasse de emprego, pois havia uma relação de cumplicidade entre o grupo. Conversei com alguns pais hoje e eles falaram que as crianças olham para a camisa do time e choram lembrando que não verão mais o professor”, lamenta o proprietário da Escola Rola Bola.
Muitas mensagens estão sendo postadas por amigos e familiares nas redes sociais. Uma delas, é da Ana Paula Brum Sena, sobrinha de Alam. Ela agradece aos amigos que estavam juntos do casal no momento do acidente. “Na hora que a minha mãe me ligou gritando que havia acontecido uma tragédia, eu me desesperei e em um segundo pude imaginar um milhão de coisas que poderiam ter acontecido. Mas veio a notícia mais inesperada. Meu tio Alam Sena meu companheiro, amigão nos deixou… vivendo sua viagem dos sonhos na Itália. Com a esposa, minha prima Jéssica e um casal de amigos queridos Mel Szarblewski e Rodrigo, aos quais só temos a agradecer por tudo o que estão fazendo. Por cuidarem da nossa Jéssica, por estarem ao lado dela neste momento tão sofrido. A espera e a distância são um sofrimento para nossa família. Não tenho palavras para descrever tanta dor. Ele era amado e sempre será“.
Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento de Alam, pois o corpo deve demorar até quatro semanas para chegar ao Brasil.
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