Stédile não quer se encontrar com integrantes do MBL: "Eles que fiquem no canto deles"

Líder do MST espera 30 mil pessoas para ato nesta terça no Centro de Porto Alegre a favor de Lula | Foto: Guilherme Testa

Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, o economista e líder do Movimento dos Sem Terra (MST), , João Pedro Stédile, declarou que não tem nenhuma intenção de se encontrar com integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) durante os atos previstos para esta semana em razão do julgamento do ex-presidente Lula, quarta-feira, na sede do TRF4, em Porto Alegre. “Eles que fiquem lá no canto deles, pois nós ficaremos aqui no nosso”.

Stédile disse respeitar o direito do MBL se manifestar, mas criticou a forma. “Eles deveriam ter usado outdoors, que é um instrumento legítimo, para colocarem suas propostas e indicar seu candidato à Presidência da República e não para pedir prisão para o ex-presidente Lula”.

O líder do MST declarou que até agora não está claro, pelo MBL, qual o candidato eles apoiam. “Bolsonaro, Alckmin? O nosso é o Lula e vamos defender o direito dele ser candidato de forma democrática até o final”.
Expectativa para o julgamento
“É um julgamento de cartas marcadas”. O ideal seria a absolvição, mas sabemos que isso é praticamente impossível. Para o economista, a tendência é a de que um dos juízes se sinta constrangido pela sentença do juiz Moro e assim, um placar de 2 a 1 permitiria ao Lula recorrer ao próprio TRF4 (embargos infringentes) e demais instâncias. “Isso daria tempo e seria uma outra câmara a analisar o recurso. Porém, se for 3 a 0 será o descaramento total”.
Stédile esclareceu que os protestos e manifestações não têm a intenção de mudar o voto dos desembargadores, mas, sim representa um posicionamento político para dar força para que o ex-presidente Lula possa concorrer à Presidência da República. Ele espera cerca de 30 mil para o ato desta terça, a partir das 16h, na Esquina Democrática, a favor do líder petista.

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