Marcha em favor de Lula entra na Legalidade, em Porto Alegre

A marcha da Via Campesina deixou a malha federal, onde provocou bloqueio total, mais cedo, no entroncamento entre as BRs 116 e 290, e segue agora pela Avenida da Legalidade, em Porto Alegre, onde ocupa duas das três faixas de trânsito. O grupo vai seguir o trajeto Mauá/Borges de Medeiros/Ipiranga até chegar ao Anfiteatro Pôr do Sol, onde monta, desde ontem, um acampamento. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a caminhada provoca 10 km de congestionamento na 290 e sete no trecho da FreeWay, onde o retorno do litoral é expressivo durante a manhã. A orientação é de que os motoristas devem usar a avenida Sertório e a Assis Brasil.
O grupo chegou à Capital para acompanhar o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região examina a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que condenou Lula a nove anos e meio de prisão pelo caso do triplex do Guarujá. Se a segunda instância mantiver a condenação, o ex-presidente entra, em tese, na chamada “lista suja”, ficando impossibilitado de concorrer à Presidência da República, embora caiba recurso.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, participou do início da marcha. Seguem caminhando com o grupo o presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, deputado Edegar Pretto, o ex-governador Olívio Dutra, o ex-ministros Miguel Rossetto e Alexandre Padilha, o senador Lindbergh Farias, deputados federais do PT e o integrante da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile. Bandeiras do MST e de sindicatos podem ser vistas entre os manifestantes.