A caminhada organizada pela Via Campesina chegou, perto das 10h, ao Anfiteatro Pôr do Sol, onde o grupo monta um acampamento desde ontem, em Porto Alegre. Ainda há retenção de fluxo, em função da marcha, desde a avenida da Legalidade, passando pela Mauá, Borges de Medeiros e Ipiranga. Mais cedo, a manifestação complicou a entrada de Porto Alegre pelas BRs 116 e 290 e o retorno do litoral Norte pela FreeWay.
Movimentos como o MST (sem-terras) e o MPA (pequenos agricultores) chegaram à Capital para acompanhar o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região examina a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que condenou Lula a nove anos e meio de prisão pelo caso do triplex do Guarujá. Se a segunda instância mantiver a condenação, o ex-presidente entra, em tese, na chamada “lista suja”, ficando impossibilitado de concorrer à Presidência da República, embora caiba recurso.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, participou do início da marcha. Ela disse que os movimentos se uniram em defesa da democracia, a fim de garantir que Lula possa ser candidato em outubro.
Seguiram caminhando com o grupo, até parte do trajeto, o presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, deputado Edegar Pretto, o ex-governador Olívio Dutra, o ex-ministros Miguel Rossetto e Alexandre Padilha, o senador Lindbergh Farias, deputados federais do PT e o integrante da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile. Bandeiras do MST e de sindicatos eram vistas entre os manifestantes.
