Copacabana: mãe de bebê atropelada conta que tudo aconteceu muito rápido

A mãe da bebê Maria Louise Araújo Azevedo, de 8 meses, que morreu no atropelamento na Praia de Copacabana, na noite de ontem, disse que tudo aconteceu muito rápido, com o carro subindo a calçada, atravessando a ciclovia e atropelando as pessoas no calçadão da orla. Niedja da Silva Araújo esteve no Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo da filha. “Eu só lembro que estava no chão. Eu não vi mais nada. Acabaram com a minha vida”, disse, chorando muito. Ela disse que ainda sentia muitas dores no corpo.
A família disse não ter a certidão de nascimento de Maria Louise, que molhou e rasgou com a chuva. O IML informou que o enterro do bebê vai poder ser feito, mas liberado sem o nome da criança na certidão de óbito, apesar do reconhecimento feito pela família. Após o sepultamento, o nome de Maria Louise só vai poder constar no registro do óbito com a apresentação da nova certidão de nascimento.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, das 16 vítimas feridas, nove delas, com ferimentos mais graves, foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul da cidade. Dessas, três receberam alta na madrugada desta sexta-feira, e seis permanecem em atendimento. A situação mais grave é um turista australiano, que não teve o nome revelado. O homem, de 68 anos, sofreu traumatismo craniano e respira com auxílio de aparelhos.
Outras sete pessoas feridas foram encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar, na região central da cidade. Todas sofreram ferimentos mais leves, incluindo Niedja Araújo, mãe de Maria Louise Araújo Azevedo, que morreu na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Copacabana.