O site da Prefeitura de Joia voltou a operar parcialmente, nesta quarta-feira, após uma invasão hacker que culimou com um pedido de resgate inédito, em moeda virtual. Criminosos invadiram o sistema da Prefeitura, situada no Noroeste gaúcho, e pediram US$ 4 mil, convertidos em bitcoins, para liberarem os arquivos do Executivo. Apesar de o crime ter ocorrido na madrugada de segunda-feira, setores como o Portal Transparência seguem fora do ar.
Técnicos em informática recorreram ao auxilio de especialistas e conseguiram recuperar parte dos documentos – porém, somente de 2015 em diante. Os demais arquivos seguem “perdidos”, admitiu o governo municipal.
Em função do ineditismo, a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) abriu investigação e orientou prefeito e gestores a não pagarem pelo resgate cobrado pelos hackers.
De acordo com a delegada Luciana Coan, o pagamento não é garantia de que o site seja normalizado. “Como nesses ataques o dano já foi feito, a criptografia dos dados já está com os hackers, a gente orienta a não pagar o resgaste., Eles podem ficar extorquindo as pessoas, exigindo mais dinheiro por ter os dados nas mãos. O trabalho que deve ser feito é o de prevenção. Ter um bom farewell, antivírus e não clicar em links desconhecidos”, orienta Luciana.
A delegada relembra que casos semelhantes já foram registrados no Rio Grande do Sul. O índice de resolução dos crimes é baixo, já que o criminoso muda o IP do computador (número de identificação) e muitas vezes a localização fica em outros países. Se identificado, o hacker pode responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e extorsão.
