Vigilância orienta sobre riscos de escorpião amarelo no Centro de Porto Alegre

A bióloga Fabiana Ninov, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou ação de orientação de moradores e comerciantes da rua Senhor dos Passos, no trecho entre as ruas dos Andradas e Alberto Bins, em relação à infestação de escorpião amarelo no Centro de Porto Alegre.
Acompanhada pela servidora da Equipe de Fiscalização Ambiental da Vigilância em Saúde (EFA/CGVS) da SMS Sheila Azambuja, a bióloga da CGVS conversou com porteiros, atendentes e proprietários de lojas, explicou os hábitos do animal e os cuidados que devem ser adotados tanto ao avistar o escorpião quanto em caso de acidentes (picada) e distribuiu material informativo.
Na semana passada, um escorpião amarelo apareceu na Senhor dos Passos, durante o dia. De acordo com a bióloga da SMS, o fato de o aracnídeo ser visto durante o dia pode indicar nível maior de infestação subterrânea. Fabiana destaca que há nove anos a Vigilância notificou o primeiro exemplar do animal naquela área da cidade.
A bióloga explica que só existem fêmeas do escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e que todo animal adulto pode parir sem a necessidade de acasalamento, o que facilita a dispersão. Por causa da adaptação a qualquer ambiente, uma vez transportado de um local a outro, o animal instala-se e prolifera com rapidez. Cada fêmea pode ter 160 filhotes ao longo da vida, com, em média, dois partos por ano, cada um com aproximadamente 20 filhotes. “Desta forma, pode-se afirmar que o escorpião amarelo já está adaptado àquela região do centro da cidade”, salienta.
O escorpião amarelo costuma se movimentar mais à noite, atrás de alimento, como baratas, por exemplo. Em caso de visualização do animal, o procedimento indicado é ligar para o telefone 156, da prefeitura. O reclamante deve informar um número de telefone de contato.
Não é indicado capturar o animal nem utilizar inseticidas – que além de não matarem o animal. podem torná-lo mais perigoso. Em caso de picadas, a indicação é levar a vítima o mais rápido possível para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, onde há profissionais capacitados para o atendimento e soroantiescorpiônico disponível.