O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de caixa dois para campanha eleitoral de 2012. Além dele, foram indiciados o deputado Francisco Souza, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o coordenador da campanha, Chico Macena, e outras três pessoas que trabalhavam para uma das gráficas investigadas. As informações foram confirmadas ao jornal Folha de São Paulo pela PF e divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo.
A campanha de Haddad para a prefeitura de São Paulo já era investigada pela operação Cifra Oculta, um desdobramento da Operação Lava Jato que apura o pagamento, pela empreiteira UTC, de dívidas da chapa de Haddad referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões.
Três delatores da Lava Jato afirmaram a policiais federais que o ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza teria recebido, por meio de gráficas ligadas a ele, R$ 2,6 milhões em propina da Petrobras para quitar dívidas da campanha de 2012 de Haddad.
O pedido era para que o dinheiro fosse entregue à gráfica pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. De acordo com a Folha de São Paulo, o ponto de partida do inquérito foi a delação do proprietário da UTC Ricardo Pessoa.