Após polêmica, apenas uma questão de concurso da BM é anulada

Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (12) a anulação da questão de número 12 do concurso para a Brigada Militar (BM) realizado ainda em dezembro de 2017 no Estado. Conforme o coronel Henrique Botelho, quase todas as perguntas receberam contestações oficiais, mas apenas uma permitia previsão legal para a exclusão. A questão anulada foi retirada por possuir mais de uma resposta correta.
A polêmica envolvendo questões da prova começou imediatamente após o término do concurso. Alguns candidatos alegaram que parte das perguntas era imbuída de caráter ideológico, como a que questionava o nome do secretário de segurança que autorizou a abertura do próprio concurso. A resposta correta era Cezar Schirmer, e a questão segue valendo.
Conforme o coronel Botelho, apenas quatro circunstâncias possibilitam a anulação de questões de prova: mais de uma resposta correta, ausência de resposta correta, conteúdo fora do previsto em edital e o uso da mesma questão em prova anterior. Como as demais perguntas questionadas oficialmente não se enquadravam nesses quesitos, elas seguem válidas.
“Não há previsão legal para anular questão por caráter ideológico”, reforçou o coronel. Questionado, o Andreis Dal’Ago, comandante da Brigada Militar (BM) confirmou a posição de que apenas uma questão possuía respaldo para exclusão do processo seletivo, que contou com 50 questões de múltipla escolha e foi aplicado no dia 17 de dezembro.
A Fundação universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (Fundatec), empresa que elaborou as provas do concurso, já havia informado que não havia previsão, até então, de que seriam anuladas as questões polêmicas da prova. O concurso da Brigada Militar, que prevê preencher 4,55 mil vagas de soldado, teve mais de 42 mil inscritos e abstenção de 11,8%.
O presidente da Fundatec, Carlos Henrique Castro, entendeu que as questões possuem resposta e estão amparadas no conteúdo definido pelo edital. “Pode não ser a melhor questão, mas está dentro do conteúdo programático”, disse. Castro defendeu ainda que a banca é composta por profissionais de nível superior, mas não soube dizer por quantas pessoas passou a produção e a análise da prova.