Sete pessoas teriam participado de ritual satânico com sacrifício de crianças em NH

Capa e máscara usadas pelo bruxo durante o ritual | Foto: Correio do Povo
Capa e máscara usadas pelo bruxo durante o ritual | Foto: Correio do Povo

A Polícia Civil divulgou a identidade de sete homens suspeitos de envolvimento em ritual satânico que culminou no esquartejamento de duas crianças em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Três dos sete envolvidos seguem foragidos. Os detalhes da seita foram revelados pela polícia em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira.
Conforme o delegado Moacir Fermino, todos os envolvidos na seita, que resultou na morte das crianças, estão com prisão preventiva decretada. Entre os presos estão Silvio Fernandes Rodrigues, que seria o bruxo e responsável pelo ritual, Jair da Silva, que teria sido um dos homens responsáveis por contratar o serviço e Andrei Jorge da Silva, filho de Jair. Além deles, Márcio Miranda Brustolin teria participado do ritual e foi preso na última sexta-feira.
Estão sendo procurados Anderson da Silva, outro filho de Jair que estaria envolvido na ação, e Jorge Adrian Alves, o Argentino. Alves é suspeito de ter trazido as crianças para o ritual. Já Paulo Ademir Norbert da Silva teria encomendado a seita junto com Jair e também está foragido. Ainda segundo a policia, o ritual foi encomendado no valor de R$ 25 mil em busca de prosperidade nos negócios imobiliários.
O investigador garantiu que possui provas materiais e testemunhas de que as crianças foram vítimas de um ritual satânico. “O bruxo e os envolvidos dizem que não se conhecem. Mas nós temos provas contundentes tanto no papel quanto testemunhas de que eles se conheciam. E também no ritual, conseguimos localizar a capa. E essa pessoa (testemunha) disse que o bruxo falava uma língua estranha. Nós acreditamos que ele falava em aramaico, até porque o “deus” dele é Moloch”, afirma.
Durante buscas, a polícia apreendeu uma capa preta e uma máscara de cachorro que era usada pelo bruxo durante os rituais. Os objetos foram encontrados dentro de um cofre escondido junto ao templo, localizado em Morungava, na cidade de Gravataí, Região Metropolitana.
Identificação das crianças
A polícia segue trabalhando na identificação das crianças: um menino de idade entre oito e 10 anos e uma menina de 10 a 12 anos de idade. O delegado responsável pela investigação relata a suspeita de que as crianças possam ter sido trocadas por um caminhão na província de Corrientes, na Argentina. Segundo o que foi apurado pela polícia, a menina ainda estava viva durante o ritual. Já o menino foi alcoolizado. Para elucidar o crime, a Polícia Civil enviou um ofício à Polícia Federal pedindo ajuda na identificação das crianças por autoridades argentinas.
As partes dos corpos das crianças foram encontradas em dois momentos. No dia 4 de setembro, em sacolas plásticas e caixas de papelão no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Duas semanas depois, em 18 de setembro, a Brigada Militar localizou outras partes dos corpos a 500 metros do local onde a polícia havia encontrado os primeiros membros. Os crânios das vítimas, ainda não foram localizados.
“Pela revelação de Deus chegamos a todos os autores”
O delegado explicou que o nome da operação foi escolhido porque ele recebeu as informações de seres divinos. “Primeiramente quero agradecer a Deus, todo poderoso, pela revelação que ele deu pra dois profetas e pra um servo dele, menor. A revelação foi dada por Deus, por isso o nome é Operação Revelação”, contou. Firmino destacou ainda que, para resolver o caso, foi anotando as informações em um caderno.

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