Escolas de Porto Alegre ficam sem merenda após terceirizados paralisarem por falta de pagamento

Servidores terceirizados das escolas municipais de Porto Alegre fazem protesto, no final da manhã desta sexta-feira (05), em virtude do atraso nos salários e dos benefícios trabalhistas. Muitos funcionários alegam que não tem dinheiro para chegar até os colégios, e, com isso, as instituições ficam impossibilitadas de oferecer refeições aos alunos, que recuperam o calendário atrasado em virtude da greve.
Além disso, representantes da Associação dos Trabalhadores em Educação de Porto Alegre (Atempa) denunciam que haveria falta de gêneros alimentícios para o preparo da merenda em diversas oportunidades. As direções de escolas que enfrentam problemas na alimentação não quiseram ser identificadas por medo de represálias.
A Atempa afirma que a situação acaba se repetindo, já que não é a primeira vez que há atraso nos repasses e posterior pagamento dos trabalhadores, que são ligados à empresa Multiclin. Mais cedo, os servidores terceirizados realizaram protesto na seda da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e, posteriormente, seguiram em caminhada pelas principais ruas do centro da Capital. A categoria relata que não foram creditados os valores do vale-transporte, do 13º e também do pagamento das férias.
A Secretaria Municipal de Educação (Smed), por sua vez, garante já realizou o pagamento do adiantamento à empresa Multiclean, na manhã desta sexta-feira (5). A pasta afirma que a empresa, contratada para prestar serviços de limpeza e preparo de alimentação escolar, recebe sempre até o quinto dia útil de cada mês, mas solicitou à Smed a antecipação dos recursos. Desse modo, a secretaria garante que não há atraso por parte da prefeitura.
A pasta assume, no entanto, que foi necessário investigar uma possível irregularidade fiscal, o que demandou encaminhamento de documentação por parte da empresa, atrasando o repasse do adiantamento. Não houve confirmação dessa irregularidade e os serviços com a Multiclin devem seguir normalmente.
Rádio Guaíba não conseguiu contato com a empresa Multiclin até o fechamento desta reportagem.