Secretaria de Saúde confirma mais um caso de leishmaniose humana em Porto Alegre

A Secretaria da Saúde de Porto Alegre confirmou mais um caso de leishmaniose visceral humana no município. O diagnóstico da doença foi confirmado na última quinta-feira e divulgado somente nesta semana. O morador da região do Morro da Polícia, na zona Leste, está hospitalizado realizando tratamento para a doença. Este é o sexto caso de leishmaniose visceral humana registrado na Capital gaúcha, o segundo na mesma localidade, desde o ano passado.
Conforme a Secretaria de Saúde o estado de saúde do homem é estável. O paciente já tinha sido atendido em 14 de dezembro, em uma Unidade de Pronto Atendimento da Capital, com quadro compatível com dengue, incluindo febre de um dia. Na ocasião foi coletado sangue para realização de exames no Laboratório Central do Estado (Lacen). Como o paciente retornou à unidade de saúde com febre persistente, fraqueza e dor abdominal, o médico notificou suspeita de leishmaniose. O soro da coleta realizada em 14 de dezembro foi utilizado para o exame parasitológico, que confirmou a leishmaniose visceral.
A partir desse novo caso, equipes da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde estão mobilizadas para diminuir o risco de transmissão da leishmanose visceral humana na região do Morro da Polícia. A ação de controle químico ocorre com aplicação de larvicida em matéria orgânica e de inseticida em paredes de imóveis em um raio de 50 metros a partir da residência do paciente. Nos próximos dias serão feitos exames para diagnóstico da doença em cães e realizada caminhada na comunidade, em parceria com lideranças locais, para orientação aos moradores.
A ação de controle químico visa a diminuir a população do vetor da doença, o mosquito-palha, tanto do inseto adulto que pouse nas paredes dos imóveis, quanto o desenvolvimento dos ovos, que são colocados pelas fêmeas preferencialmente em matéria orgânica, como resto de folhas. O mosquito-palha transmissor da doença em Porto Alegre é de espécies silvestres. Pessoas que moram em áreas próximas a matas nativas são as que se encontram em maior risco para a doença.