Operação Golfinho completa 20 dias sem registro de mortes no Litoral gaúcho

Foto: Divulgação/Arquivo

A 48ª Operação Golfinho completa 20 dias nesta terça sem o registro de óbitos no litoral Norte. Nessa mesma época, três pessoas haviam morrido na temporada passada. Além disso, a redução drástica no número de salvamentos mostra que o acréscimo das ações preventivas vem auxiliando a mostrar resultado.
De acordo com o comandante do 9º Batalhão do Corpo de Bombeiros e responsável pela operação no Litoral Norte, major Jeferson Ecco, a redução do número de salvamentos na região atingiu mais de 70%. “Foi uma redução de 236 salvamentos para 70, no mesmo período”, afirmou. O feriadão do Réveillon se manteve como o principal responsável pelo aumento das intervenções dos guarda-vidas. Ao todo, foram 30 salvamentos no Litoral Norte durante os quatro dias. No ano passado, foram 123.
“O resultado se atribui a vários fatores. É a conduta mais ofensiva na prevenção, com os guarda-vidas interagindo mais, apitando mais, entrando na água para chamar atenção, e a atitude mais prudente do veranista. Há intensidade maior dos dois lados”, argumentou o comandante.
Ecco também afirmou que a condição do mar não foi a mesma. “No ano passado, o mar estava mais convidativo. Neste, o mar se manteve em condição de banho, sem grande alteração de correntes, mas a aparência do ‘chocolatão’ e a água fria também afastaram os banhistas”, disse.
Águas internas
Por outro lado, as águas internas seguem sendo um problema. Pelo menos sete pessoas morreram afogadas no feriadão de Ano Novo no Rio Grande do Sul. Mais dois óbitos ocorreram hoje, em Dom Pedrito. “Água no umbigo, sinal de perigo é em qualquer lugar”, ressaltou Ecco. Segundo ele, o banho em águas internas é um problema histórico. “A pessoa precisa conhecer o lugar. Se tem serviço de vigilância e salvamento, o banhista deve buscar se informar”, explicou o comandante.
*Com informações do repórter Marco Aurélio Ruas